O Herpes labial é causado por uma infecção viral, decorrente do vírus chamado herpes simples (HSV) tipo 1, e é uma das infecções mais comum nos seres humanos, acomete 3 a cada 10 pessoas.
É uma infecção viral muito comum, transmitida pelo contato direto na infância e adolescência. De modo geral à primeira infecção acontece na infância, devido à vulnerabilidade do sistema imunológico e tb devido às crianças levarem muitas coisas à boca o que propicia a contaminação. Na maioria das vezes essas infecções são assintomáticas, ou seja passam desapercebidas. O quadro agudo é chamado de gengivoestomatite herpética e represente apenas 1% dos casos.
O vírus da herpes simples afeta grande parte da população mundial e o homem é o seu reservatório natural, aonde o vírus se instala nos nervos ( já que apresenta afinidade pelo tecido nervoso) e fica dormente. O vírus HSV tipo 1 é transmitido pela saliva e secreções contaminadas.
Vírus da Herpes Simples (HSV)
Na face o local mais acometido são os lábios. Passado o primeiro quadro clinico de manifestação da doença o vírus migra para os gânglios do nervo trigêmio e ali permanece de forma latente sendo reativado em um momento de vulnerabilidade do sistema imune, como momentos de estresse, exposição ao sol, trauma local e outras doenças… Por esse motivo em muitos casos o Herpes é uma infecção recorrente.
Manifestação clínica do Herpes Labial
Antes das manifestações, aparecem os sinais prodrômicos, sendo eles: coceira, formigamento, dor, prurido, febre, ardência, linfadenopatia regional, mal-estar… Em seguida aparecem as múltiplas vesículas. As vesículas são altamente infectantes, o simples contato das mãos pode transmitir o vírus para outras áreas e outros indivíduos. Quando as vesículas se rompem, surgem pequenas feridas (ulcerações) cobertas de crostas. Na fase de crostas a doença não é mais contagiosa.
Como tratar o Herpes Labial? Tem cura?
Não existe uma cura permanente para o Herpes Simples. Porém é possível dar espaço maiores entre as manifestações agudas. A melhor forma de controlar é a prevenção. O indivíduo que costuma ter o Herpes recorrentes costuma “sentir” quando o Herpes vai se manifestar através dos sinais prodrômicos.
O Tratamento mais comum é baseado em compostos antivirais como o aciclovir, valacyclovir e famiclovir. Esses tratamentos são considerados para efeitos sintomáticos mas não uma cura.
Laserterapia no tratamento da herpes labial:
O uso do laser de baixa potência tem sido constante nas ciências da área da saúde. Tal fato é devido aos seus efeitos anti-inflamatórios, analgésico e sua contribuição na regeneração tecidual. A laserterapia vem mostrando que esse recurso terapêutico pode reduzir o período de manifestação da doença, amenizar as dores e aumentar o intervalo em que o vírus volte a afetar a pessoa infectada.
A terapia à laser deve ser escolhida de acordo com o estágio da lesão. O Laser apresenta melhores resultados se utilizado no período inicial da doença, prodrômico. Nessa fase muitas vezes com uma única aplicação conseguimos inibir a formação das lesões e diminuir o período de manifestação em dois ou três dias.
Na fase de vesícula podemos utilizar o laser de alta potência para o rompimento das lesões e drenar as vesículas herpéticas. E quando utilizamos o laser de baixa potência em conjunto com a técnica PDT a resposta é ainda melhor, pôde-se reduzir a quantidade de vírus presente no fluido e diminuir a frequência e a duração da infecção.
Na fase de crosta, utilizamos o laser de baixa potência visando acelerar o processo de cicatrização e cura das lesões.
A laserterapia é um método eficaz, pouco invasivo e acessível para o paciente, sem efeitos colaterais e que pode ser usado rotineiramente na clinica odontológica.
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